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Iluminação

 

    Em quase toda a peça, principalmente nos momentos que estão ocorrendo conversas entre Bernarda e suas filhas, a iluminação segue a linha naturalista. Pode-se afirmar isso porque em todas essas cenas estão sendo aparentadas apenas as luzes de uma casa comum, no caso, algumas mais escuras que as encontradas hoje, já que tudo se passa durante um período em que a energia elétrica era algo direcionado à alta sociedade. As cenas que se passam do lado de fora da casa, ou seja, nas proximidades do curral, exceto as que o desejo está presente, também seguem esse estilo.

                    Imagem 1 – Conversas entre Bernarda e Angústias. A iluminação está voltada para um aspecto de comum.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

         Imagem 2 – Discussão entre Martírio e Adela no lado externo da casa. A luz tenta mostrar apenas as sombras da noite, juntamente a claridade vinda da residência.

 

 

    Quando estão acesos apenas os focos mirando o coro ou Bernarda, a iluminação segue a ideia do realismo crítico, pois apenas auxilia quem está assistindo a perceber que os objetivos dessas cenas são focar a repressão que ocorre dentro da casa e a revolta, misturada a desejo, que o coro tenta mostrar que as filhas têm.

 

Imagem 3 – Cena em que Bernarda ainda tenta a todo custo reprimir suas filhas. Nesse contexto, a luz segue a ideia do realismo crítico.

    Durante as cenas em que o desejo deixa de ser reprimido ou quando está ocorrendo um clima de muita tensão, a iluminação segue um padrão surrealista, pois, sem utilizar uma luz presente na realidade, consegue ajudar ao espectador a entender o que acontece quando o desejo deixa de ser reprimido e quais as consequências para alguém que desejava escondê-los, mas não consegue.

Imagem 4 – Cena onde são utilizadas as luzes vermelhas, para remeter à libertação de um desejo.

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